A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (31/7), duas operações simultâneas para combater organizações criminosas envolvidas em fraudes ao benefício previdenciário do auxílio-reclusão. As investigações apontam que os grupos utilizavam documentos falsificados para requerer os pagamentos indevidamente, causando prejuízo aos cofres públicos.
A segunda fase da Operação Falsi Captivi dá continuidade a investigações iniciadas em 2024, quando foi identificado um esquema que utilizava certidões de recolhimento prisional adulteradas para prolongar períodos de reclusão fictícios ou para solicitar o benefício em nome de pessoas que nunca estiveram presas. A primeira fase, deflagrada em novembro do ano passado, revelou a atuação de um escritório de atendimento previdenciário que encobria as práticas ilegais.
Paralelamente, foi lançada a Operação Prison Fake, que apura a atuação de outra associação criminosa em Manacapuru. O grupo usava dados de moradores locais, alguns sem conhecimento da fraude, para protocolar pedidos falsos de auxílio-reclusão junto ao INSS, repetindo o mesmo modus operandi já identificado na capital.
Embora se trate de organizações distintas, as investigações apontam que havia comunicação entre os grupos, o que motivou a deflagração conjunta das operações para impedir a destruição de provas ou a fuga de investigados, situação que já havia ocorrido durante a primeira fase da Falsi Captivi.
Mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, estão sendo cumpridos em Manaus e Manacapuru por ordem da Justiça Federal do Amazonas. A Polícia Federal segue com as diligências para identificar outros envolvidos no esquema e calcular o montante total do prejuízo aos cofres públicos.