O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) ingressou com pedido de tutela cautelar de urgência para suspender a venda de ingressos da edição 2026 do Festival Folclórico de Parintins, após identificar aumentos considerados abusivos. Segundo o órgão, os reajustes ultrapassam 200% em alguns setores, em comparação com os valores praticados em 2025. O início das vendas está marcado para esta sexta-feira (7/11), às 10h.
O despacho, assinado pelas promotoras de Justiça Sheyla Andrade dos Santos, da 81ª Promotoria de Defesa do Consumidor (Prodecon), e Marina Campos Maciel, da 3ª Promotoria de Parintins, aponta que o ingresso avulso na arquibancada especial sofreu acréscimo de 82,9% por noite, totalizando um aumento de 248,7% nas três noites de espetáculo. Enquanto em 2025 o ingresso mais barato custava R$ 500 e o passaporte para os três dias R$ 1.440, na próxima edição os valores subirão para R$ 1.000 e R$ 3.000, respectivamente.
As promotoras afirmam que a empresa responsável pela comercialização, Amazon Best Turismo e Eventos Ltda., não apresentou justificativa para os reajustes, o que configura, em tese, prática abusiva conforme o Código de Defesa do Consumidor. O MP pede a suspensão imediata da venda até que sejam apresentadas e divulgadas as justificativas econômicas e financeiras dos novos preços, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. Também foi solicitado que as plataformas de venda online retirem os ingressos do ar até a regularização da situação.

