Após mais de uma década de espera, tem início nesta segunda-feira (29/09), em Manaus, o julgamento dos cinco policiais militares acusados de envolvimento no homicídio qualificado da policial Deusiane da Silva Pinheiro. O caso, que chocou o Amazonas em 2015.
Deusiane foi encontrada morta no dia 1º de abril de 2015, com um disparo de arma de fogo, na base flutuante do Batalhão Ambiental da PM, no Tarumã, zona Oeste da capital. Na denúncia apresentada pelo Ministério Público em 2017, o cabo Elson dos Santos Brito é apontado como o autor do crime. Outros quatro policiais, Jairo Oliveira Gomes, Cosme Moura Souza, Narcízio Guimarães Neto e Júlio Henrique da Silva Gama, foram denunciados por falso testemunho, acusados de acobertar a versão de suicídio sustentada pelo principal suspeito.
A luta da família da vítima, especialmente da mãe, Antônia Assunção, transformou-se em símbolo contra a violência de gênero no estado. A Procuradoria da Mulher da Aleam segue prestando apoio social, psicológico e jurídico aos familiares, reforçando a tese de feminicídio e a necessidade de justiça. “São militares julgando militares que assassinaram uma mulher. Isso é revoltante, mas ainda acredito na Justiça”, declarou Alessandra Campelo, ao destacar a importância do julgamento que começa hoje.
