Encerrando com brilho a última noite do 27º Festival de Cirandas de Manacapuru, a Ciranda Flor Matizada levou ao Parque do Ingá, no domingo (31/08), um espetáculo grandioso com o tema “Amazônia: Sonho e Luta Cirandeira”. O público acompanhou uma apresentação marcada por alegorias imponentes, efeitos tecnológicos, como hologramas e painéis de LED, e uma explosão de cores que transformou a arena em um verdadeiro cenário amazônico.
O enredo trouxe a força da tradição cirandeira e sua conexão com a floresta. A história começou no Nordeste brasileiro, com uma caravela em direção à Amazônia, encenando o nascimento da flor matizada, símbolo da agremiação. A narrativa evoluiu com a jornada dos personagens Antônio e Benta, que, guiados pela Mãe da Mata, embarcaram em uma aventura pela floresta para resgatar a flor. Elementos do imaginário indígena, como a Caipora, o Curupira e o Pajé, deram o tom ancestral da apresentação, que culminou no resgate simbólico da flor com a presença da Cirandeira Bela.
O presidente da agremiação, Alexandre Queiroz, destacou o esforço coletivo que tornou o espetáculo possível. “Foi um trabalho de muitas reuniões e meses de dedicação. Viemos com um tema inovador e 160 cirandeiros, a maior ciranda. Estamos com os pés no chão e humildade para buscar o título”, afirmou. Já o puxador Walace Martins ressaltou o empenho dos integrantes durante os seis meses de ensaio, lembrando que a Flor Matizada tem se apresentado de forma cada vez mais grandiosa nos últimos anos.
A Cirandeira Bela, Ellen Juliana, que deu vida à flor matizada na arena, ressaltou a emoção de representar o símbolo da agremiação. “São seis meses de preparação para esse grande espetáculo, junto com o cordão de cirandeiros. É uma grande responsabilidade, o coração foi a mil com a energia da torcida Família Matizada”, declarou. A apuração das notas do festival será realizada nesta segunda-feira (01/09), a partir das 14h, no Parque do Ingá.