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Defensoria reforça atendimentos em Humaitá após operação da PF no rio Madeira

A Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) vai intensificar os atendimentos às famílias atingidas pela operação da Polícia Federal contra o garimpo ilegal no rio Madeira. Entre os dias 22 e 24 de setembro, um mutirão será realizado no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Humaitá, a partir das 8h. A iniciativa contará com integrantes do Grupo de Trabalho (GT) Teko Porã – Vida Digna, que também percorrerão comunidades ribeirinhas afetadas pelas explosões, prestando orientações e avaliando os impactos socioambientais da ação.

Segundo o defensor público Theo Costa, os atendimentos visam garantir assistência a quem sofreu prejuízos materiais e psicológicos com as operações. “Vamos atender quem perdeu barco, balsa, motor e também quem ficou traumatizado com o que aconteceu. Cada caso será analisado e vamos tomar as medidas judiciais cabíveis para buscar indenização”, afirmou. A DPE-AM já havia protocolado pedidos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) para suspender o uso de explosivos, alertando para riscos de uma grave crise humanitária na região.

As operações da PF têm provocado forte impacto nas comunidades ribeirinhas. Moradores relatam correria, suspensão de aulas, fechamento de portos e até sobrevoos rasantes de helicópteros durante as ações. A Defensoria destaca que a destruição das balsas, muitas vezes utilizadas como moradia, tem resultado em contaminação do rio por diesel, mortandade de peixes e outros animais silvestres, além de abalar a saúde mental da população local.

De acordo com a DPE-AM, os mais prejudicados são os garimpeiros artesanais de pequena escala, que sobrevivem da atividade no entorno do rio Madeira. Já os financiadores e grandes responsáveis pelo extrativismo ilegal, segundo a instituição, não têm sido atingidos de forma efetiva pelas operações. Levantamento aponta que mais de 1.500 artefatos explosivos já foram utilizados, ampliando os danos ambientais e sociais. O GT Teko Porã – Vida Digna mantém visitas periódicas às comunidades e busca alternativas que unam proteção ambiental e respeito à dignidade humana.

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