A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga suspeitas de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realiza, nesta terça-feira (26), às 9h, sua primeira reunião de trabalho. O encontro marca o início efetivo dos trabalhos e será destinado à definição do regimento interno e à votação dos primeiros requerimentos, incluindo convocações e pedidos de acesso a investigações relacionadas ao caso.
Instalada no dia 20 de agosto, a CPMI terá reuniões regulares às segundas e quintas-feiras, evitando conflitos com sessões plenárias do Congresso Nacional. Segundo o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a medida garante mais eficiência no andamento das atividades e maior participação dos parlamentares durante as deliberações.
O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), destacou em entrevista ao jornalista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, que a investigação pretende “seguir o rastro do dinheiro”. Ele também afirmou que as penas para os crimes investigados podem ultrapassar 30 anos de prisão, rebatendo críticas feitas por integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre a condução da apuração.
Entre os 35 requerimentos que devem ser analisados na reunião, estão convocações de ex-presidentes do INSS, ex-ministros e outras autoridades, além de pedidos de documentos e inquéritos que investigam descontos irregulares em benefícios previdenciários. A oposição já articula a convocação de pelo menos 17 nomes ligados a diferentes gestões, incluindo os governos de Lula, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro.