A Casa das Artes voltou a abrir as portas ao público em uma noite marcada pela celebração da produção artística amazonense. O espaço recebeu dezenas de visitantes que puderam conferir exposições de fotografia, graffiti, pintura e desenho, reforçando o papel do local como ponto de encontro para diferentes linguagens artísticas. As mostras seguem até 30 de novembro, com visitação gratuita de quarta a domingo, das 15h às 20h.
Durante a reabertura, o curador Cristóvão Coutinho destacou a relevância da diversidade artística apresentada. Ele ressaltou a presença de artistas como Teo Onda, Alie, Nico Ambrósio e Tiago Atroch, além do mural em homenagem a Chico da Silva, assinado pelo grafiteiro Cria. Para o curador, a mostra é também um espaço de valorização e pertencimento, onde os artistas locais podem expor sua originalidade e conectar-se com o público.
Entre os destaques está a exposição “Verão Violento”, da fotógrafa Nico Ambrósio, que apresenta imagens em preto e branco produzidas ao longo de cinco anos, retratando a dinâmica urbana de Manaus. Já a artista Alie trouxe a potência do graffiti como narrativa de vida e resistência, refletindo sua trajetória e reafirmando a importância da ocupação de espaços culturais por expressões artísticas vindas das ruas.
A programação também conta com a coletiva “Poéticas”, que reúne trabalhos de mais de 30 alunos do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro, além das séries “Etnopsico”, de Teo Onda, e “Sindérese”, de Tiago Atroch. Para o professor Francisco D’Almeida, do Liceu, a iniciativa vai além do aprendizado técnico, representando um projeto de vida para os alunos. As exposições, distribuídas em diferentes salas e no espaço externo, consolidam a Casa das Artes como um polo de experimentação e valorização da cultura regional.