O Boi Caprichoso abriu a segunda noite do 58º Festival de Parintins, no sábado (28), com o tema “Kizomba: Retomada pela Tradição”. O espetáculo destacou a força da cultura negra, as lendas amazônicas e os rituais indígenas, reafirmando a representatividade dos povos tradicionais da região. Entre os primeiros momentos da apresentação, a Figura Típica Regional trouxe à arena os Marandoeiros e Marandoeiras da Amazônia, contadores de histórias que mantêm viva a memória coletiva por meio da oralidade. A alegoria foi assinada pelos artistas Márcio Gonçalves e Nildo Costa.
O levantador de toadas, Patrick Araújo, conduziu performances que levantaram a arquibancada, como a toada “Sensibilidade”. Ao longo da noite, o público acompanhou a Lenda Amazônica que retratou Sacaca Merandolino, o Encantado de Arapiuns, obra criada pelo artista Alex Salvador. No Ritual Indígena, intitulado “Musudi Munduruku – A Retomada dos Espíritos”, a apresentação celebrou a espiritualidade do povo Munduruku em uma alegoria de grande porte desenvolvida por Kennedy Prata e que teve participação do Pajé Erick Beltrão.
O clima de emoção tomou conta da arena e contagiou torcedores e itens oficiais. O professor Luiz Oliveira, de 46 anos, integrante do Item 19 – Galera –, descreveu a sensação de participar do espetáculo. “Eu estou muito emocionado. O boi estava gigante, brilhante, lindo, impactante. Vamos ser tetracampeões, tenho certeza. É uma emoção que só quem está aqui consegue perceber e sentir”, afirmou. O Festival de Parintins encerra neste domingo (29) com a terceira e última noite de apresentações no Bumbódromo.