Com menos de dois meses de execução, a Operação Cheia 2025 já levou assistência humanitária a 373 comunidades ribeirinhas do Amazonas. Coordenada pela Defesa Civil estadual, a iniciativa tem como objetivo mitigar os impactos da enchente sobre a população, especialmente em regiões mais isoladas. Desde o início, em abril, já foram distribuídas 250 toneladas de cestas básicas, 600 caixas d’água de 500 litros, 57 mil copos de água potável fornecidos pela Cosama e dez kits purificadores do programa Água Boa, atendendo a municípios como Manicoré, Apuí, Humaitá, Borba, Boca do Acre e Novo Aripuanã.
Atualmente, 92.801 famílias foram afetadas pela cheia, o que representa mais de 371 mil pessoas impactadas diretamente. Das nove calhas de rios monitoradas, todas permanecem em processo de cheia, com picos previstos entre março e julho. Segundo decretos municipais, 36 dos 62 municípios do estado estão em Situação de Emergência, 22 em Alerta, um em Atenção e três em situação de normalidade. As ações são orientadas pelo Comitê de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais, composto por 33 órgãos e secretarias estaduais, além de um comitê técnico-científico responsável por embasar decisões com base em dados e projeções.
Na área da saúde, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) tem atuado de forma integrada à operação. No dia 4 de junho, uma balsa hospitalar equipada com sala de parto, consultórios, enfermarias e laboratório foi enviada para Anamã, município em estado de emergência. Na mesma data, o Barco Hospital São João XXIII partiu de Manaus para atender a população por uma semana. A SES-AM também distribuiu 72 kits de medicamentos a sete municípios, beneficiando cerca de 35 mil moradores, e entregou uma nova usina de oxigênio ao hospital de Manicoré. Já em Apuí, seis cilindros de oxigênio e medicamentos reforçaram o atendimento local.
