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Atendimento odontológico especializado reforça cuidado a pessoas com TEA em Manaus

O atendimento odontológico voltado a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido ampliado na rede básica de saúde de Manaus. Com foco em um cuidado humanizado, as equipes da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) atuam em 127 Unidades de Saúde da Família (USFs), oferecendo consultas de avaliação, restaurações, extrações, remoção de tártaro e outros procedimentos de baixa complexidade. Em casos que exigem atenção especializada, os pacientes são encaminhados para os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), localizados em todas as zonas da cidade.

A abordagem humanizada tem sido fundamental para reduzir barreiras no atendimento de pessoas com TEA. De acordo com a especialista Djanira Noronha, do CEO Leste, os pacientes passam por avaliação inicial detalhada e, muitas vezes, necessitam de estratégias diferenciadas para se adaptarem ao tratamento, como uso de atividades lúdicas, musicoterapia ou até mesmo o atendimento fora da cadeira odontológica. Nessas situações, a participação da família é essencial, inclusive em técnicas de contenção protetora, quando necessárias, sempre priorizando o bem-estar do paciente.

Dados da Semsa apontam que, apenas em 2024, foram realizados 4.029 atendimentos odontológicos a usuários com TEA, de um total de 10.589 atendimentos de saúde geral destinados a esse público. Em 2025, até setembro, já foram registrados 3.396 atendimentos odontológicos entre 8.537 de saúde geral. Outro destaque é o Espaço de Atendimento Multidisciplinar ao Autista Amigo Ruy (Eamaar), que conta com estrutura para sedação consciente e soma quase 12 mil atendimentos odontológicos em quatro anos, crescendo de 1,6 mil em 2021 para 5,1 mil em 2024.

Profissionais da área destacam que pessoas com TEA tendem a apresentar maiores dificuldades na higiene bucal, o que as torna mais vulneráveis a cáries e doenças gengivais. Com o atendimento especializado, aliado ao envolvimento das famílias e ao trabalho multiprofissional, crianças e adolescentes têm apresentado melhora significativa na saúde geral e na qualidade de vida. Casos mais complexos, que exigem anestesia geral ou envolvem condições sistêmicas graves, são encaminhados para a rede estadual de atenção especializada, garantindo segurança e continuidade do tratamento.

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