O Teatro Amazonas, um dos maiores símbolos turísticos e culturais do estado, está entre os candidatos a receber o título de Patrimônio Mundial Cultural da Unesco. Entre os dias 8 e 10 de setembro, Manaus recebeu a visita de uma comitiva do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), entidade associada à Unesco, que avaliou a relevância histórica, cultural e econômica do espaço para a região e para o Brasil.
A candidatura faz parte do projeto “Teatros da Amazônia”, que inclui também o Theatro da Paz, em Belém (PA). A missão avaliadora foi acompanhada por representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Ministério da Cultura e por autoridades locais. Entre os critérios analisados estavam aspectos arquitetônicos, papel cultural, gestão, acessibilidade, segurança e impacto urbano, além da sustentabilidade do espaço.
Durante a visita, os avaliadores conheceram áreas técnicas e bastidores do Teatro Amazonas, visitaram o Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro, a Central Técnica de Produção, o núcleo fundacional de Manaus e o entorno do Largo de São Sebastião. Também participaram de encontros com corpos artísticos, equipes técnicas, comerciantes, moradores do centro histórico, além de profissionais do turismo, da educação patrimonial e da economia criativa.
O secretário de Cultura do Amazonas, Caio André, destacou que o projeto evidencia a herança comum entre Amazonas e Pará, que já formaram um único território. Ele ressaltou ainda que o Teatro Amazonas é um símbolo da identidade cultural do povo amazonense, representando pertencimento e resistência. A diretora do espaço, Beth Cantanhede, reforçou o engajamento da população na candidatura, afirmando que o teatro faz parte da vida e da identidade coletiva da região.
Com o término da visita, o processo segue para análise da Unesco. O resultado será discutido na 48ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, marcada para julho de 2026. Caso seja aprovado, o Teatro Amazonas e o Theatro da Paz poderão conquistar o título de Patrimônio Mundial da Humanidade, reconhecimento que ampliaria a visibilidade internacional da cultura amazônica e fortaleceria a valorização do patrimônio histórico brasileiro.