Elielton Viana Barros foi condenado a 63 anos de prisão pelo assassinato de três jovens em um crime ligado ao chamado “tribunal do crime”, estrutura utilizada por facções criminosas para impor julgamentos e punições ilegais. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (3) pelo Tribunal do Júri, com base em denúncia apresentada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM). O réu tem ligação comprovada com a organização criminosa Comando Vermelho (CV).
Os homicídios ocorreram em 29 de novembro de 2018, quando Elielton e outros oito comparsas sequestraram as vítimas, que foram levadas a uma área de mata no conjunto Tiradentes, bairro Coroado, zona leste de Manaus. De acordo com as investigações da Polícia Civil, os jovens foram torturados e executados a tiros. O caso gerou forte comoção na época, por conta da brutalidade e da motivação ligada ao controle territorial da facção.
O promotor de Justiça Ney Costa Alcântara de Oliveira Filho, responsável pela atuação do MP no caso, classificou a sentença como uma vitória do Estado contra o crime organizado. Segundo ele, a decisão reafirma que não há espaço para jurisdições paralelas no país e que os chamados “tribunais do crime” são práticas ilegais que continuarão sendo enfrentadas com rigor pelas autoridades.
