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Ultraprocessados dificultam perda de peso, aponta estudo

Alimentos ultraprocessados podem atrapalhar a perda de peso, mesmo em pessoas que mantêm uma alimentação aparentemente equilibrada. A conclusão é de um estudo clínico conduzido por pesquisadores da University College London, no Reino Unido, e publicado nesta semana na revista Nature Medicine.

Os ultraprocessados são produtos que passam por intensa modificação industrial e recebem ingredientes que dificilmente seriam utilizados em preparações caseiras, como conservantes, aromatizantes e emulsificantes. Já os alimentos minimamente processados, como iogurtes naturais, sofrem alterações leves. Frutas, vegetais crus e grãos se enquadram na categoria de alimentos in natura.

Durante a pesquisa, os voluntários foram acompanhados por oito semanas em um dos tipos de dieta. Em seguida, passaram quatro semanas retomando seus hábitos alimentares comuns e, depois, adotaram a outra modalidade de dieta que ainda não haviam testado. Todos receberam refeições preparadas com os nutrientes necessários, entregues diretamente em suas casas, e foram orientados a manter o consumo em quantidades semelhantes às que tinham no dia a dia.

Os resultados mostraram que os participantes perderam, em média, o dobro de peso quando consumiram alimentos minimamente processados em comparação à dieta baseada em ultraprocessados. Em oito semanas, a redução foi de 2,06% do peso corporal contra 1,05% com os produtos industrializados. De acordo com os pesquisadores, se os índices fossem projetados para um período de um ano, a expectativa seria de perda de até 13% do peso em homens e 9% em mulheres que seguissem uma dieta menos industrializada.

Nem todos, porém, tiveram redução. Ao menos dez participantes de cada grupo chegaram a ganhar peso durante o estudo, o que levou os pesquisadores a suspeitar de descumprimento do cardápio, especialmente na segunda fase de dieta. Quando considerados apenas os resultados da primeira etapa, as perdas foram ainda mais significativas: 4,09% com alimentos minimamente processados e 2,12% com ultraprocessados.

Outro aspecto observado foi o impacto sobre o comportamento alimentar. Aqueles que seguiram dietas baseadas em alimentos minimamente processados relataram melhor controle sobre a vontade de comer doces e lanches industrializados. Segundo os especialistas, isso indica que a redução de ultraprocessados pode não apenas favorecer a perda de peso, mas também ajudar no equilíbrio da saciedade e na manutenção de hábitos mais saudáveis.

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