Após mais de uma década, a Justiça deu um desfecho ao caso que chocou Manaus em 2013. O policial militar Francisco de Almeida foi preso nesta quarta-feira (10), acusado de executar a técnica de enfermagem Viviane Costa de Castro com cinco disparos, a mando do ex-noivo dela, Alesson Pessoa Mota. O crime ocorreu na avenida Timbiras, bairro Cidade Nova, zona Norte da capital, um ano depois de Viviane sobreviver à primeira tentativa de homicídio.
De acordo com o Ministério Público, Alesson não aceitava o fim do relacionamento e contratou Francisco para cometer o assassinato. Ambos foram julgados em sessão do Tribunal do Júri realizada entre os dias 7 e 9 de julho deste ano, no Fórum Ministro Henoch Reis. O Conselho de Sentença da 2ª Vara do Júri condenou Alesson a 37 anos, três meses e 15 dias de prisão, enquanto Francisco recebeu pena de 33 anos, nove meses e 19 dias, ambos em regime fechado.
Apesar da condenação, nenhum dos dois compareceu integralmente ao julgamento. Alesson esteve presente apenas nos dois primeiros dias, enquanto Francisco sequer apareceu no plenário. Diante da decisão, o juiz expediu mandados de prisão para os réus, que passaram a figurar como foragidos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). Francisco foi localizado e preso no bairro Cidade Nova, enquanto Alesson continua foragido.
O inquérito policial aponta que, nas duas tentativas de homicídio, Francisco disparou contra Viviane estando na garupa de uma motocicleta conduzida por um comparsa ainda não identificado. Em 2012, a vítima chegou a reconhecer Alesson como mandante da primeira investida, da qual sobreviveu após internação hospitalar. No entanto, em maio de 2013, a segunda emboscada resultou em sua morte, encerrando tragicamente a trajetória da técnica de enfermagem.
