Mais de sete anos após o massacre ocorrido no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), a Justiça do Amazonas condenou Anderson Silva do Nascimento e Geymison Marques de Oliveira por 56 homicídios consumados, uma tentativa de homicídio, além dos crimes de tortura, vilipêndio de cadáver e participação em organização criminosa. O julgamento foi concluído na noite do último sábado (13), no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, em Manaus.
O júri popular durou cinco dias, entre terça-feira (9) e sábado (13), e analisou os crimes praticados durante a rebelião que resultou em uma das maiores tragédias do sistema prisional brasileiro. O Conselho de Sentença reconheceu a responsabilidade penal dos dois réus por todos os crimes atribuídos a eles no processo.
De acordo com o Ministério Público, o Massacre do Compaj é considerado o maior já registrado no Amazonas e o segundo maior do país. A acusação destacou que este julgamento inaugura uma série de processos relacionados ao caso, que ainda deve levar à responsabilização de outros envolvidos, incluindo líderes e autores intelectuais dos crimes.

