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Aeroclube do Amazonas tem 40 dias para deixar o Aeroporto de Flores

O Aeroclube do Amazonas (ACA) terá 40 dias para desocupar suas instalações no Aeroporto do bairro Flores, zona centro-sul de Manaus. A decisão foi firmada nesta quarta-feira (22) durante audiência de conciliação com a Infraero, encerrando um litígio que se arrastava há meses pela posse do espaço. O acordo ocorre após a instituição receber uma ordem de despejo com prazo de cinco dias, que havia sido suspensa pela Justiça Federal.

Para o presidente do Aeroclube, Cassiano Orozco, a decisão foi uma derrota anunciada, mas necessária para preservar a entidade e evitar prejuízos maiores. “Nós fomos à audiência já conscientes de que as alegações da Infraero se sobrepunham à nossa vontade. O acordo foi a única alternativa para proteger os diretores e associados de multas e outras penalidades”, afirmou. O prazo envolve a retirada de toda a estrutura física, incluindo salas de aula, escritórios administrativos, simuladores e aviões guardados nos hangares.

A disputa pela área ganhou força em 2023, quando a gestão do Aeródromo de Flores passou à Infraero por decreto federal. Desde então, o Aeroclube acumula uma dívida superior a R$ 400 mil e reclama de uma postura “arrecadatória” da estatal. “A Infraero não tem vocação para a aviação civil, mas para infraestrutura. Ela busca explorar economicamente a área, e não apoiar a formação aeronáutica”, criticou Orozco.

Apesar da decisão, o presidente garantiu que a entidade seguirá ativa, mesmo fora do espaço atual. O Aeroclube abriga o Centro de Instrução e Aviação Civil (CIAC), responsável pela formação de novos pilotos no Amazonas. “Vamos continuar as aulas, reorganizar a escola e utilizar a pista pública até encontrarmos outro local. O importante é não parar a formação dos nossos alunos”, concluiu.

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