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Hamas liberta 20 reféns israelenses após mais de dois anos de cativeiro em Gaza

Após mais de 700 dias em cativeiro, 20 reféns israelenses foram libertados pelo grupo Hamas, na madrugada desta segunda-feira (13), em cumprimento ao acordo de cessar-fogo firmado com Israel. A libertação encerra uma das etapas mais delicadas das negociações mediadas por Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia. Segundo o governo israelense, dos 48 reféns que permaneciam sob poder do grupo, 28 foram confirmados mortos e dois ainda têm situação indefinida.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou o episódio como “um dia histórico, o fim de uma era de mortes e terror”, durante discurso no Parlamento israelense. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também celebrou o momento e afirmou que o Oriente Médio “entra em tempos de paz”. O acordo prevê ainda a devolução dos corpos das vítimas que morreram em cativeiro e a libertação de prisioneiros palestinos detidos por Israel.

Como parte da contrapartida, o governo israelense iniciou a soltura de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua por ataques contra civis. Os detentos foram transferidos em ônibus da Cruz Vermelha para Gaza, Cisjordânia e outros países da região. O Hamas, por sua vez, solicitou mais tempo para localizar e entregar todos os corpos dos reféns mortos, e a Turquia anunciou uma força-tarefa para auxiliar nas buscas dentro da Faixa de Gaza.

O plano de paz proposto por Trump e apresentado no fim de setembro estabelece o fim dos bombardeios israelenses e o recuo gradual das tropas do território palestino. Após o anúncio do cessar-fogo, as forças israelenses reduziram a área de ocupação de 75% para 53% da Faixa de Gaza. O chefe do Estado-Maior de Israel determinou que as tropas se mantenham em alerta para possíveis novos cenários e para garantir a segurança dos reféns libertados.

Apesar do avanço diplomático, diversos pontos do acordo ainda não foram detalhados. As próximas etapas da negociação, segundo Trump, continuam em discussão, incluindo a proposta de transição de governo em Gaza e a exigência de desarmamento do Hamas — questão ainda rejeitada pelo grupo. Uma cerimônia oficial para a assinatura do acordo será realizada nesta segunda-feira, no Egito, com a presença de Trump e de representantes de mais de 20 países.

 
 

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