Por Karla Albuquerque – O Dia Nacional da Mulher Empresária, celebrado em 17 de agosto, instituído pela Lei nº 14.545/2023, vai além da homenagem simbólica. A data propõe reflexão e ação em torno da trajetória de mulheres que, com coragem e criatividade, vêm movimentando a economia, gerando empregos e inovando em diferentes setores, apesar dos desafios ainda existentes no ambiente empresarial.
No Amazonas, aproximadamente 30% dos pequenos negócios já estão sob liderança feminina. Esse índice revela não apenas a representatividade, mas também a capacidade de competitividade e de contribuição para o desenvolvimento sustentável. Muitas empreendedoras conciliam gestão de empresas, responsabilidades familiares e investimentos contínuos em qualificação profissional.
Programas de incentivo têm reforçado esse cenário. O Sebrae Delas, por exemplo, alcançou cerca de 900 participantes na 5ª edição realizada em Manaus, um aumento de quase 29% em relação ao ano anterior. Outro exemplo é o Crédito Rosa, iniciativa voltada ao fomento de negócios liderados por mulheres, que destinou R$ 9 milhões em 2024, beneficiando mais de 1.600 empreendedoras no estado.
Também se destaca o trabalho do Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura do Amazonas (CMEC), vinculado à Associação Comercial do Amazonas. A entidade atua na capacitação e no suporte a empresárias locais. Segundo pesquisa nacional que ouviu mais de 6 mil empreendedoras, 81,6% delas afirmam sentir-se preparadas para assumir funções de liderança.
A formação voltada ao empreendedorismo aparece como prioridade em levantamento do Conselho Federal de Administração, divulgado em 2023. O estudo aponta que 38,75% dos coordenadores e professores consultados consideram o tema essencial na preparação de futuros profissionais, destacando a importância de inserir nos currículos acadêmicos conteúdos sobre inovação, criatividade e planejamento estratégico.
Mais do que comemorar uma data, especialistas defendem a ampliação das redes de apoio e o fortalecimento de políticas que assegurem igualdade de oportunidades. O avanço do empreendedorismo feminino representa não apenas conquistas individuais, mas também o fortalecimento da economia e da sociedade como um todo.